Abraços citogenéticos!
sábado, 14 de julho de 2012
Cito Jornal
Apresento-lhes o Cito Jornal, "o jornal que é muito mais jornal do que o jornal que você compra na banca de jornal"!
Receita simples para cromossomos humanos
O
estudo dos cromossomos humanos tem grande importância, porque entre outros
motivos algumas doenças estão diretamente relacionadas a alterações
cromossômicas. Atualmente os cientistas têm condições de identificar pessoas
com problemas cromossômicos e prever o risco de seus filhos vierem a ser
afetados por doenças hereditárias.
A
Citogenética, ramo da biologia que
estuda os cromossomos é uma especialidade relativamente nova. Apenas em 1956
ficou definitivamente demonstrado que tanto homens quanto mulheres têm 46
cromossomos em cada uma das células.
A
técnica mais empregada para o estudo dos cromossomos humanos baseia-se no
cultivo, em tubo de ensaio, de um tipo de glóbulo brando do sangue, o
linfócito.
Receita da técnica:
- Retira-se
um pouco de sangue humano (Material
mais utilizado é o linfócito especificamente, os
linfócitos T do sangue periférico, pela simplicidade de coleta e facilidade de
cultura e multiplicação in vitro, desde que adequadamente estimulados).
- As hemácias se separam por decantação.
- Retira o plasma com os
linfócitos
- Acrescenta meio de cultura
(1ml – Soro fetal, 100µm
– Fitohemaglutinina)
- A Fitohemaglutinina induz a divisão dos
linfócitos (mitose)
- Importante
fazer em capela para não ser contaminado.
- Vedam-se os
tubos (ependorfes) com para filme e coloca-se deitados (para ter maior area
para o crescimento) em estufa 37ºC por 72h.
- Adiciona-se
aos fracos uma substancia chamada colchicina,
que bloqueia a divisão celular exatamente no estágio em que os cromossomos
estão mais condensados, o que fica mais fácil observar.
- A
colchicina impede a formação do fuso mitótico
- 45 minutos
depois da colchicina, adiciona-se uma solução
hipotônica que faz as células incharem.
- Agora é
hora de adicionar o fixador que lisa
as hemácias e para a hipotonização (coloração mais amarronzada que são os
restos celulares)
- Leva-se
para centrifuga, retira, coloca
denovo... Até que os linfócitos fiquem bem precipitados no fundo do
recipiente.
- Pode-se
lavar com o fixador e colocar na centrifuga diversas vezes.
- Coleta os
linfócitos e se deixa cair gotas
dessa solução na lâmina de vidro
para microscopia.
- É bacana as
lâminas estarem bem lindas! Lava-se em água corrente e coloca-as submersas em
água destilada na geladeira por 72h, antes da utilização.
- As células inchadas arrebentam e liberam os
cromossomos, que aderem à lâmina e podem ser corados e examinados ao
microscópio óptico.
- Pode-se
então escolher os mais bonitos, tirar fotos, ampliar e recorta-los para serem
organizados por ordem decrescente de tamanho de acordo com a posição dos
centrômeros. Essa montagem é chamada de idiograma.
Resultado:
A figura
abaixo mostra esquematicamente o que falamos:
Imagem retirada de http://www.teliga.net/2011/08/tecnicas-para-estudo-dos-cromossomos.html
-> Nesse blog você encontra outras informações sobre o tema.
Colaboração:
Jéssica Pires, Amanda Carmes, Natália Damazo, Alviani Kunzler e Mariana Iung -
Participantes do projeto de extensão para confecção de laminário das práticas
de citogenética da Universidade Federal de Santa Catarina.
Abraços Citogenéticos!
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Anomalias Cromossômicas
Agora que você já viu um cariótipo humano 46,XX você sabia
que existem outros cariótipos possíveis? Isso mesmo, existem pessoas com
alterações nos cromossomos que podem ser numéricas
ou estruturais.
As alterações numéricas correspondem a alteração no numero
total de cromossomos seja por excesso ou por falta e é geralmente causado por
falha no mecanismo de divisão celular. Se os membros homólogos após a
duplicação na fase S da meiose não sofrerem disjunção (ou seja, separarem-se
igualmente para cada lado), uma célula filha receberá um cromossomo a mais e
outra um cromossomo a menos, conforme esquema a seguir:
Geralmente essas alterações não são suportadas e
incompatíveis com a vida, porém, algumas delas são aceitas (devido o cromossomo
conter poucos genes). Como exemplo dessas síndromes - conjunto de
características alteradas - temos:
Síndrome de Down (Trissomia do 21) 47,XY+21
Síndrome de Patau (Trissomia do 13) 47,XX+13
Síndrome de Edwards (Trissomia do
18) 47,XX+18
Há também alterações numéricas que
envolvem os cromossomos sexuais!
Síndome
de Turner (Monossomia do X) 45,X
Síndrome de Klinefelter (Trissomia
Sexual) XXY
Vale lembrar que a monossomia do
cromossomo Y é letal! Uma vez que no cromossomo X estão presentes genes
importantes para o desenvolvimento humano.
Há também as alterações que
ocorrem na estrutura do cromossomo sem implicar na modificação do número de
cromossomos. A causa dessas alterações ainda não está bem determinada, porém, o
DNA está exposto a vários fatores mutagênicos (radiação, químicos, radicais
livres) e pode sofrer quebras na fita e perder sequências importantes. O
resultado dessas anomalias são muito variáveis pois dependem do tipo de célula
afetada e da repercussão causada. Se uma célula somática for alterada, o
defeito pode causar apoptose da célula e o erro é extinguido, porém, se ocorrer
em meiócitos (células de formação de gametas por meiose) a alteração é passada
ao descendente e estará presente em todas as células do novo indivíduo. Esta
pode ser a causa de abortos, bem como nas alterações numéricas.
Algumas das síndromes mais
comuns:
Síndrome do X frágil 46,XX
Síndrome do Cri-du-Chat (miado de
gato) 46,XX
Síndrome do Cri-du-Chat (miado de
gato) 46,XX
Mutações Cromossômicas (Prof. Jubilut)
Conseguiram notar as diferenças
nos cariótipos? Você pode pesquisar mais sobre as doenças e suas
características!
Abraços! Até o próximo post!
Cromossomos Gigantes
Você já ouviu falar em cromossomos gigantes?
Os cromossomos gigantes (cromossomos politênicos ou plumosos) são visualizados em células com processo de replicação de DNA e duplicação de cromátides, mas não possuem divisão celular. A cada ciclo de replicação se expandem exponencialmente.
Os cromossomos politênicos são visualizados comumente em glândulas salivares de larvas de Drosophila, as famosas mosquinhas da genética clássica.
Os cromossomos gigantes (cromossomos politênicos ou plumosos) são visualizados em células com processo de replicação de DNA e duplicação de cromátides, mas não possuem divisão celular. A cada ciclo de replicação se expandem exponencialmente.
Os cromossomos politênicos são visualizados comumente em glândulas salivares de larvas de Drosophila, as famosas mosquinhas da genética clássica.
Cromossomo Politênicos de Drosophila
Conseguimos observar cromossomos plumosos em meiócitos (oócitos e espermatócitos) de anfíbios e répteis, por exemplo.
Cromossomo Plumoso
ABRAÇOS CITOGENÉTICOS!
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