O
estudo dos cromossomos humanos tem grande importância, porque entre outros
motivos algumas doenças estão diretamente relacionadas a alterações
cromossômicas. Atualmente os cientistas têm condições de identificar pessoas
com problemas cromossômicos e prever o risco de seus filhos vierem a ser
afetados por doenças hereditárias.
A
Citogenética, ramo da biologia que
estuda os cromossomos é uma especialidade relativamente nova. Apenas em 1956
ficou definitivamente demonstrado que tanto homens quanto mulheres têm 46
cromossomos em cada uma das células.
A
técnica mais empregada para o estudo dos cromossomos humanos baseia-se no
cultivo, em tubo de ensaio, de um tipo de glóbulo brando do sangue, o
linfócito.
Receita da técnica:
- Retira-se
um pouco de sangue humano (Material
mais utilizado é o linfócito especificamente, os
linfócitos T do sangue periférico, pela simplicidade de coleta e facilidade de
cultura e multiplicação in vitro, desde que adequadamente estimulados).
- As hemácias se separam por decantação.
- Retira o plasma com os
linfócitos
- Acrescenta meio de cultura
(1ml – Soro fetal, 100µm
– Fitohemaglutinina)
- A Fitohemaglutinina induz a divisão dos
linfócitos (mitose)
- Importante
fazer em capela para não ser contaminado.
- Vedam-se os
tubos (ependorfes) com para filme e coloca-se deitados (para ter maior area
para o crescimento) em estufa 37ºC por 72h.
- Adiciona-se
aos fracos uma substancia chamada colchicina,
que bloqueia a divisão celular exatamente no estágio em que os cromossomos
estão mais condensados, o que fica mais fácil observar.
- A
colchicina impede a formação do fuso mitótico
- 45 minutos
depois da colchicina, adiciona-se uma solução
hipotônica que faz as células incharem.
- Agora é
hora de adicionar o fixador que lisa
as hemácias e para a hipotonização (coloração mais amarronzada que são os
restos celulares)
- Leva-se
para centrifuga, retira, coloca
denovo... Até que os linfócitos fiquem bem precipitados no fundo do
recipiente.
- Pode-se
lavar com o fixador e colocar na centrifuga diversas vezes.
- Coleta os
linfócitos e se deixa cair gotas
dessa solução na lâmina de vidro
para microscopia.
- É bacana as
lâminas estarem bem lindas! Lava-se em água corrente e coloca-as submersas em
água destilada na geladeira por 72h, antes da utilização.
- As células inchadas arrebentam e liberam os
cromossomos, que aderem à lâmina e podem ser corados e examinados ao
microscópio óptico.
- Pode-se
então escolher os mais bonitos, tirar fotos, ampliar e recorta-los para serem
organizados por ordem decrescente de tamanho de acordo com a posição dos
centrômeros. Essa montagem é chamada de idiograma.
Resultado:
A figura
abaixo mostra esquematicamente o que falamos:
Imagem retirada de http://www.teliga.net/2011/08/tecnicas-para-estudo-dos-cromossomos.html
-> Nesse blog você encontra outras informações sobre o tema.
Colaboração:
Jéssica Pires, Amanda Carmes, Natália Damazo, Alviani Kunzler e Mariana Iung -
Participantes do projeto de extensão para confecção de laminário das práticas
de citogenética da Universidade Federal de Santa Catarina.
Abraços Citogenéticos!
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